sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Relativo acompanhado

Festa?
O que dizer...
O gato comeu minha lingua...
mas não essa noite.
Que estava ocupado me ocupando a atenção
Enquanto vigiava ciumento
um pedaço de carne no espeto.
Que ele trouxe pra compartilhar a fome
mas levou pra devorar sozinho
em casa.
Dieta especifica e egoísta.
Rejeitou os doces e os caminhos fáceis
Quem diria o lobo mau dispensando a chapeuzinho
em meio a histeria coletiva da cidade.
Vai embora cedo pra aproveitar a noite
e de barriga cheia
sonhar com o fim da sobriedade.
Ao amanhecer meu telefone mia
e como diria o velho deitado:
Foi a curiosidade que matou o gato.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Relativos experimental

Abro os olhos...
Desperto de volta ao lar
Espreguiço no colchão, sem cama.
Ao toque oco de seus pés na madeira
contando os passos ate o banheiro.
Cena
Nunca chegam aos 19.
Sorrio.
Pela historia nossa contada em mil historias de outros.
Seus dedos descrevem perfis alheios.
Os tomo para mim.
Me visto de seus personagens.
Trazendo minha real.idade a essa ficção.
Se te vejo criador, me sinto sopro da vida.
Acordo já em nosso palco.
Iluminação perfeita...
as luzes do dia fazem desenhos no teto.
Poesia das paredes deste reino.
Alimento-me de interpretar o que já sou
e só você vê e me mostra.
Me mostro pra você.
que usa minha pele pra escrever
aonde não alcanço
as paredes sussurram os personagens que interpreta
e que desconheço
mas que reconheço
pelo desenho solar no fundo dos olhos.