quarta-feira, 26 de maio de 2010

Relativo Felino

Seu cuidado foi marcado no papel
que agora é meu.
Não o cuidado, um bom amigo,
que nao sou eu.
Eu sou amiga.
E de fato insisto em acompanhar.
Erro desnudo.
Dolorido e agradecendo o que sobrou.
Sorriso falso e bebidas fortes
acompanhando a musica que agride os vizinhos.
Pausa para a verdadeira musica.
Sirene.
Não vem.
Agradeço ao céu o que nao é choro.
O que seria do meu corpo
alojado em outro corpo que nao o seu?
Pedaços.
falo alto o que nao devia ser dito.
Ele gosta mas nao sabe disso.
Do seu gosto nao tenho posto pra comparação.
Relata de um mundo de mentiras
que em suas paredes nao existe,
mas navega petulante entre as minhas
e insiste que impero o sub mundo...
que ele nao conhece.
Ausente a sapiencia do afeto
Reconhece em minhas promessas ruptura
Desconhece o tempo que lhe dediquei bem antes
E me veste de sua farsa ignorante.
Sem saber que lhe teria amado muito
fosse ele quem fosse.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Relativo Onirico

Um toque lento.
Era tudo o que esperou de mim. E teve.
Suave e forte... meigo
de uma doçura leve que dura o instante exato.
Não se sabe que se sabe sim. E no momento é irrelevante.
A quem? Pra mim?
Aperto sua barriga e ele fala.
Meus dedos se afundam na pelucia.
Um exemplar convincente e que nao foge.
É um progresso. Está do avesso.
Proposta inenarrada e calorosa.
Estou amante. Me sinto amada.
Num segundo que se perde logo logo.
É diferente. Chego sozinha. Saio com ele.
Nunca estive em canto algum senao aqui.
E é por aqui que ele sempre me acompanha.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Relativo Escondido

O que mais doi sao as boas intençoes.
Maldita sinceridade que desarma. Deixa o soldado indefeso.
Aberto ao tiro inimigo... ao ataque estrangeiro...
à lembrança da musa ridicularizando a ideia de um futuro promissor.
E não se faz alarde quando nao tem o dom de ver.
E viu... não sei
Contou o que eu nao tive mais.
Já era tarde, foi logo cedo. O tempo de um começo que eu tive que adiar.
Outra vez... E quanto mais? O que mais estaria disposto a aguentar.
Olhar difuso. Discurso a Moccia.
Maldita sinceridade que não aflora.
Porque me deixa esconder o inofensivo?
Porque me deixa ferir o que não é meu?
E é meu. Só meu. Mas se é verdade nunca saberei.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Relativo Descrição

Só porque passei o tempo a me guiar.... e a as portas e janelas estavam fechadas....

Acho que desaprendi como se faz essa coisa de por um pé na frente do outro. Continuar.

Mentira!

Essa mania dos personagens historicos e da literatura, essa persistencia seguida de tragedia... eu não tenho.

Nunca fui firmada a nenhum deles. E não por falta de vontade não. Por falta de jeito.

Nunca fui menos historia pra ser mais abismo. E ja ouvi de ser muito dessa coisa funda que perde mesmo o amor mais bonito. De perder, eu tenho um pouco sim.

Mas de ganhar também... virei rede de talento escapulido e reinei soberana com o Dom.

Bebi desenfreada o valor e o pudor daqueles que guardavam meu sagrado e o divino.

Não sou artista, sou embalagem aberta.
Quero matar a fome de quem aguentar o mofo

E tambem a morte da santa literatura.

Relativo Incoerente

Menino bobo... mancado em circulos.
Desatino de pessoa incoerente que ja apreciou os grandes classicos.
Penso que nao desconfiei e soubesse que nao precisaria procura-lo, procuraria.
Não ligo. E nem vou interfirir.
Vai doer mais nele do que em mim... Vai doer nela.
E ela quer um pouquinho dessa dor. Por isso o do sentimento nulo e da vontade irrelevante.
Inapetece os sentidos ve-la fraca por um fraco bancando heroi de guerra.
Na guerra...na guerra soldado le poesia, mata e come.
Ele nao tem a fome pra comer a guerra dela. E ela não é guerra que sacia o meu soldado. Talvez nem eu. Mas nesse caso, me mantenho pronta a ser soldado inimigo. E com barriga vazia... E com mira no joelho.

Relativo Insolência.

Foi Lindo...

Mediocre e libertador.
Minha cor cheirando forte sobre a cor manchada dela.
Mancha minha pra uma 'ela' que não importa.
Não importa? Importa sim, pra mim basta seguir o definido feminino e pronto.
Devo admitir o exagero. Não do ataque sutil de moça delicada e enraivecida mas do motivo petulante que me fez agir assim...
Foi a foto. Ele idolatrava a foto. Que era minha. E depois dela. E depois nao soube mais.
Não sei o que veio primeiro... meu amarelo - rabo de cavalo ou a cabeleira solta dela.
Sera que ela precisou de ajuda?
Talvez não... talvez nem os outros talentos. Quais? -Multiplos... sempre a incontestavel variedade. e a imutabilidade do meu afeto que so tremula pelo excesso frio dele.
As paredes gemeram pra mim. Fiz a besteira de sugar o mal e limpar as veias visionarios de seu aberto companheiro de viagem.
-O que tiver mais coração...ele segue... me segue... TOCO TAMBOR
E que as cinzas sejam sopradas pra fora... e não haja infiltração na parede do banheiro.

sábado, 1 de maio de 2010

Relativo Doação

Esses dias eu estava lendo as cartas de Simone de Beauvoir ao escritor americano Nelson Algren, com quem manteve um relacionamento por 17 anos mesmo sendo casada e feliz com o marido, Sartre.

Num trecho da carta ela dizia que o amava e que ainda assim nao estava disposta a lhe entregar sua vida.
Fiquei um tanto incomodada com isso.
Como pode alguem distinguir amor de doação. Não querendo ser um exemplo nessa area. Mas o que seria o amor senao essa entrega.
Não que importe, mas duvido.
Eu que tenho essa mania de exaltar o sentimento, que seja ele entao maior que tudo.
Sei que ela podia sim amar aqueles dois homens, mas qual deles mereceu sua devoção.
Pensei, qual dos dois teria sido seu grande amor... Nunca saberei.
Talvez nem ela soubesse...
E longe dos seus criterios de amor
Sei apenas que ainda sou pateta e ridicula pra sentir necessidade de me doar.