sexta-feira, 4 de junho de 2010

Relativo Divergente

Estou sem tempo...
Tenho algo a fazer... coisas chatas do dia-a-dia
coisas que sempre adio mas precisam mesmo ser feitas.
Que sejam por mim entao...

Meu coração esta todo alugado.
Emprestado, vendido, doado.
Meu coração virou uma pensao de tres quartos.
Ando dormindo no sofa, dai essa dor nas costas que nao passa...
dai essa dor no peito tambem...
Falta de tempo...
A um, a dois, a todos, talvez...
falta de tempo pra mim...
falta, desleixo, defeito, comigo...

Fico pensando as vezes que se houvesse jeito
me doaria inteira a cada um
e eles me rasgariam no meio e dividiriam em partes iguais...
trocariam meus membros entre si
pelo puro gosto de me compartilhar...
Insensiveis ao que viria depois...

Concluem cada passo sem saber
Incentivando meu fetiche ilusorio...
de ter a todos num futuro que não existe
Pelo tempo que nao tenho e que me engole...
Me afasta daquele que tenho,
me amarra àquilo que tive
e fere com o que nao terei.

Ainda não sei o que pode ser amar
esses pobres irmaos de cadeia alimentar.

6 comentários:

  1. Oi, Guí! Tudo bem? Olha, estou gostando muitíssimo do seu blog e do seu estilo de narrativa poética. Peço autorização para divulgar seu espaço por meio de um post, visto que entendo que mais pessoas gostariam de conhecer seus escritos... Posso? Seria uma honra compartilhar seu link com os leitores lá do meu blog. Aguardo possível resposta...

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  2. Muito bom parabéns, muito jovem e já com tanto talento, gostei!

    Beijinhos,
    Ana Martins

    Ave Sem Asas

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  3. Oi Guí!!Vi seu blog num pos do Geraldo do Memorial de outono! Adorei o que vc escreve!Sentimento, transparência, beleza!Estou seguindo!!Estarei sempre dando uma passadinha por aqui!bjusss

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  4. Belíssimo! Escreva sempre e sempre1
    Um Abraço!
    Beijos!...

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  5. Guí... Cheguei ao seu blog através do Geraldo (Lá do memorial de Outono) e puxa... Que viagem gostosa! O seu jeito de brincar com as palavras é fantástico! Parabéns, continue escrevendo sempre!

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  6. Lindo e espero que encerres esses "devoradores de poetisas", seria uma lástima que você fosse privatizada pelas emoções!
    (risos)

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