segunda-feira, 26 de abril de 2010

Relativo Descontrole

O animal de minha primeira casa se deitou na cama da Musa e me roubou o discernimento de bem e mal.
Olhei nos olhos dela e a alma adormeceu.
O instinto ganhou voz e gritou meu desejo de machucá-la
Não por medo ou raiva... Mas porque minha admiração era intensa e profunda e queria aprofundar-se em sua pele e descobrir se La havia o doce que imaginava em seu sangue rosado.

Ou vermelho... Apaixonante... Mataria seus versos com mordazes declarações... Sua vida castigada escorrendo em minhas mãos... Amantes... E sem entender ou por entender bem demais ela ri... Como num truque de mágica... Vê-la escapar é dolorido... Não por falta de seus delírios quentes... Mas por falta do meu próprio calor que surge junto com a insatisfação dela... Ou seria falso orgasmo literário e (real)

Não por gosto que gosto do doce que tenho longe de seu gesto amargo de boas vindas ou despedida,,, Perto de mim o que tenho são lembranças de final ardido e pausa permanente...

Tenho vontade de matar pra ela... Pra que fique longe e garanta a vida que preciso para imortalidade do que nem será escrito.
Desdém aos que me fazem feliz... Entrego oferendas e pago tempestades... Peço a dádiva do Dom que escapou de mim e arrancou sozinho o sangue dela.

Choro seu não-suicidio.
Me lavo do lodo de pecados escondidos
Nos pecados não-cometidos por sua índole azul e ocre.

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