quinta-feira, 29 de abril de 2010

Relativo (des)encontro

Havia mesmo quadros nas paredes. Por toda parte via o toque de um amor que não conhecia.
Alguns discos antigos, fotografias em preto e branco, estava no caminho certo.
Reparou também nas garrafas de uísque e conhaque, gostou mas não entendia muito bem.
Abriu uma gaveta na estante e escolheu um incenso. Acendeu. Esperou.
Ele chegou acompanhado de um bom amigo, o gato. Sorrio achando graça da menina sentada no sofá, havia tirado os sapatos, mexido em suas gavetas, colocado uma boa musica, sentia-se a vontade esperando a bebida que ele foi buscar.
Estava quente. Sentaram na varanda esperando conversar. Mas se olhavam curiosos demais e por isso nada falavam.
Ele tinha plantas na varanda. E uma vista agradável do céu. Mas ela olhava somente pra ele.
Ela havia desejado esse momento muitas vezes e por isso teve pressa.
Ele não havia notado e por isso não entendeu.

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